Importância da Terapia Assistida por Animais (T.A.A) no desenvolvimento de aptidões e capacidades nas crianças com deficiências

Um dos temas abordados na Cimeira Virtual da Educação Especial é a terapia assistida por animais ( T.A.A.). Em seguida irei explicar-vos como se consegue estabelecer ligação entre crianças com deficiências e os animais.
"As pessoas pensam que a T.A.A é um tratamento em que o animal faz de terapeuta. Nada poderia estar mais longe da verdade. Trata-se, sobretudo, de uma psicoterapia em que a relação continua a ser de paciente e terapeuta, mas no qual o animal constitui uma ferramenta, isto é, um veículo de mediação entre os dois" - Gomes, 2002.

T.A.A. trata-se de uma intervenção dirigida a um objectivo, no qual o encontro entre o animal torna-se parte integrante do processo de tratamento; é dirigida por um profissional da área da saúde e está desenhada fundamentalmente para promover nas áreas Física, emocional e social respeitando o funcionamento cognitivo dos pacientes. Pode levar-se a cabo desde uma ampla variedade de enquadramentos e pode realizar-se de forma individual ou em grupo. Todo o processo de tratamento deve ter uma avaliação e um registo do mesmo." A T.A.A. caracteriza-se por ser um tipo de terapia na qual não se utiliza a fala, nem a palavra para a resolução de problemas, não é um dialogo entre o terapeuta e o paciente, pois baseia-se na linguagem não verbal, na linguagem corporal, na qual as emoções estão implícitas, sobretudo as emoções que são consideradas curativas de outras emoções, como a alegria, a sensação que a natureza nos transmite através do contacto com a mesma. ( Becker e Morton, 2003)

Segundo estudos realizados, a T.A.A pode conduzir a impactos directos no Sistema Nervoso Central, mais especificamente, no Sistema Límbico. O contacto com os animais induz a uma libertação de endorfinas que provocam sensações de tranquilidade, também o estimulo das células T e de outras hormonas que proporcionam calma e descontração. Permite também melhor facilidade de movimentos corporais ( para quem tem dificuldades nestes), o rir e o ser mais assertivo. ( Salama, 2005)